Dia da Escola
O dia 15 de março é definido como Dia Nacional da Escola. As instituições de ensino têm um papel essencial na vida das pessoas, e seu impacto vai além da sala de aula: a escola não é apenas um local de formação acadêmica, mas também pessoal, profissional e cidadã.
No Brasil, as primeiras escolas foram fundadas e dirigidas pelos jesuítas que chegaram por aqui no início do processo de colonização. A primeira escola brasileira foi fundada em 1549, em Salvador, sob o comando do Padre Manoel da Nóbrega. Ele também foi o responsável pela elaboração do RatioStudiorum, o nosso primeiro plano nacional de estudos.
Em seguida, foi a vez da cidade de São Paulo. A segunda instituição de ensino foi inaugurada em 1554. Chamada de Colégio dos Meninos de Jesus de São Vicente, ensinava seus alunos a falar, ler e escrever a língua portuguesa.
A escola tem papel fundamental no desenvolvimento e aprendizado de cada um de nós. De fato, ela é o primeiro local de convivência social fora do âmbito familiar e proporciona um espaço onde crianças e adolescentes vão aprender a dividir, a escutar, a se manifestar e a formar seus próprios valores.A educação é um pilar muito importante na nossa construção como membros de uma sociedade. Dessa forma, o Dia da Escola existe para que possamos reconhecer a importância da instituição na formação de cada um.
O Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados (PISA). Mesmo com o programa social que incentivou a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças ainda estão fora da escola (IBGE).
Apesar dos inúmeros caminhos sugeridos para a educação básica brasileira, o consenso que emerge entre educadores, pais e estudantes é único: a educação no país está em crise.
São muitos os problemas que estão presentes na educação brasileira, especialmente na educação pública. São diversos os fatores que proporcionam resultados negativos. Um exemplo disso são as crianças que se encontram no 6ºano do ensino fundamental e não dominam habilidade de ler e escrever.
A chegada do coronavírus impactou diversos setores e mudou a rotina de muita gente, e a educação não ficou de fora dessa série de mudanças. Nesse contexto, a tecnologia educacional passou a ser um recurso de extrema importância para não interromper o aprendizado dos estudantes.
A pandemia de COVID-19 impôs uma nova ordem, um outro ritmo para a humanidade.
O nosso cotidiano mudou e a escola tem tentado se ressignificar.
Desde março de 2020, estudantes e escolas tiveram que se reinventar, adaptar-se às novas tecnologias, novas metodologias, nova forma de aprender e ensinar devido à pandemia. Diversos sistemas foram criados ao longo de 2020 e as aulas que antes eram em sala de aula, agora são através do computador.
Além da precariedade na estrutura tecnológica e das dificuldades de acesso dos usuários, outro problema que pode ser destacado, é a falta de habilidades digitais dos professores. Muitos tiveram inúmeras dificuldades, mas a principal era a falta de habilidade e de experiência com a tecnologia.
Segundo dados da Agência Brasil, cerca de 5,5 milhões de estudantes ficaram sem aulas no ano de 2020 no Brasil, devido à suspensão das aulas presenciais. O número exorbitante aponta para a desigualdade educacional presente no país.
Agora é preciso estabelecer metas de aprendizagem diferentes, com foco no que é mais importante, ou seja, desenvolver as habilidades socioemocionais, reorganizar conteúdos de acordo com a nova realidade educacional, rever e adaptar objetivos, avaliar e criar estratégias de recuperação da aprendizagem, disponibilizar meios tecnológicos e outros recursos de complementação.
Esse cenário de fortes desafios à aprendizagem já existia em muitas realidades brasileiras, mas a crise do novo coronavírus massificou ainda mais essa situação para todos os contextos, ampliando o alcance das possíveis lacunas de aprendizagem.
A inclusão de todos na escola é um direito antes, durante e depois da pandemia.
Esse cenário de fortes desafios à aprendizagem já existia em muitas realidades brasileiras, mas a crise do novo coronavírus massificou ainda mais essa situação para todos os contextos, ampliando o alcance das possíveis lacunas de aprendizagem.
Sendo assim, o principal desafio que se apresenta aos sistemas de ensino é articular tempo e qualidade a serviço da educação por meio de políticas públicas que, a partir de um diagnóstico claro, apresentem planejamentos objetivos para desenvolver ações específicas - explicitando "o quê", "como", "quando", "quem", forma de monitoramento com indicadores e metas, avaliação e resultados esperados. Essas políticas orientam e se desdobram nas práticas pedagógicas mais efetivas nas escolas e em sala de aula, e tudo isso sem perder de vista a realização do acolhimento seguro e responsável à comunidade escolar no período de retorno às aulas presenciais, com ênfase na necessidade de cuidar de sentimentos e emoções.